sábado, 30 de outubro de 2010

In My Time of Drowning

Por Raguinm e Ricardo Casmurro

I'm shaking my patience
Asking it for some peace
Time's already put an fence
A wall I can't realease

I've made bad mistakes in my life
N' bad choices have taken my time
Followed a programmed path,
Trapped myself inside other's web

Left mu dreams for other's expectations
Slept in their numbness and crawlled in their misery
Now I can't see any directions
How can I walk out a jail that was made by me?

Time doesn't come back
I should have made my own track
Now the way's blocked
N' I'm full of their speach n' knocking it

In nMy time of Drowning...!

I wanna release...!
From fake truth-tellers talk
From parents, preachers n' boss
From obligations to careless
From determined answers
From lifetime lonelyness

I'm Shaking my patience
Asking it from some peace
Time's already put an fence
A wall I can't release

In my time of Drowning...!

Sobre: A gente vai vivendo como pode a vida, levando em conta as decisões de outros, as verdades que nos são ditas, os caminhos preformados por padrões sociais que nos determinam, as crenças que nos são postas como verdades absolutas, ideologias tortas sobre como o mundo funciona... Depois de algum tempo, percebemos o quanto que na verdade, poucas das coisas que consideramos necessárias e obrigatórias, na verdade não eram, e que abandonamos nossos sonhos e nossas expectativas em prol de seguir uma tradição estúpida, mas da qual, agora, não temos como escapar, por que já estamos demasiadamente envolvidos na teia de obrigações e necessidades criadas por esses próprios caminhos. Então você se vê perdido e preso em algo que te angustia, que te incomoda, que te deixa sem opções e que te faz perceber que o você fez foi rastejar na miséria dos outros, dormir no entorpecimento deles. As expectativas de outros te empurram num caminho que você se convence de que é obrigado a seguir, até que você percebe que não era, que poderia ter sido diferente, mas agora só lhe resta a frustração e pedir à paciênica por um pouco de paz e o desejo de se libertar do papo de falsos faladores de verdades, dos pais, clérigos e chefe, das orbigações aos que não se importam, das respostas determinadas e, finalmente, da solidão eterna.

Depoimento

Por Raguinm

Eu to puto, meu irmão

Tenho vontade até de gritar
Muito puto, tem jeito não
Ninguém vai conseguir me acalmar

Tive que escolher o dia de faltar à faculdade
Tava sem dinheiro pra pagar a passagem
Não pude ligar pros amigos ao momento
Meu celular foi bloqueado por falta de pagamento
Não pude encontrar os amigos pra sair
Sem passagem, nem comida, não tinha como ir
Trabalhei pra caralho hoje no serviço
Levei esporro do chefe e nem vou ganhar por isso

É meu amigo, eu sei
Porra, irmão, eu tô fodido!

E eu to muito puto com isso!

O cartão estourou, meu celular deu problema
O ônibus, como sempre, lotou, não há quem não entenda
Peguei trânsito na volta, tô com um pé no SPC
Meu celular não pega em casa, não consigo falar com você
preciso conversar e por isso esse depoimento
Meu amigo, se continuar, certamente eu não aguento

Preciso te dizer que eu to fodido
E que eu tô muito puto com isso!

E é, parceiro, eu sei que você entende
A tua situação tá parecida, não é?
A tua, a minha e, bem, a de muita gente
Isso até é comum, mas normal não é!
Tem gente aí com carro e ar-condicionado
Gente sem fila de vanco, com relógio caro
Gente sem patrão, que viaja e com celular fodão
E, ah, filho da puta, um desses é meu patrão!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Our Own Good Way

Por Raguinm

I'm not here for your games, sweetie
I don't wanna ask for mercy or pittie
I'm a men who's sure of what he wants
But not so glad at all of the way it runs

Keep on hidding,
Reckfull and lieing
And then you just push me away
Give a clue
Try to be cool
For me it's just the childish way

Do you fuckin' want it or not?
Say it, now, fuck, for once
Be sure of yourself, stop
Come on, make your choice be done

Don't give luck to bad luck
Don't avoid fuck n' you want fuck
All right, I'm not here to treat you bad
So just stop playing and don't look back

Stop on hidding
Reckfull and lieing
'Cos then youjust push me away
Fuck the Clue
Don't you be cool
Let's make things our own good way

Sobre: De saco cheio da moralidade atrapalhando a vida das pessoas e a minha também. Danem-se os joguinhos de sedução, os limites de entrada, as mentiras, as dissimulações.. isso só faz perder oportunidades, atrasar as que se mantém, dificultar quando quer, gerar mau entendido quando não quer... párem com isso, porra. Besteira, medo, insegurança, criancisse. Por que gente grande continua fazendo essas coisas? desnecessário. Ponto.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Raquel (Zimbábue) (Mais Uma Carta)

Por Ricardo Casmurro

Sempre a vejo em câmera lenta
Como se o vento balançasse os cabelos e a fizesse rodar
Algo como saído de uma ciaxa de música
Eternamente sorrindo como nos dias de viagem

Fique mais um pouco
Pegue o ônibus de mais tarde
Me mande mais uma estrofe
Me mande mais um carinho

As letras escritas à mão
Chegando de surpresa como um presente
Me lembram do açúcar grosso de manhã
E das lágrimas de felicidade sorridentes

Fique mais um pouco
Me deixe te ouvir cantar
Me mande mais uma carta
Me indique de novo o caminho

Tentei fugir, eu sei
Temendo o dia em que
As cartas não mais chegariam
Em que as estrofes acabariam
Em que os sorrisos fugiriam
Mas restaria a memória do quarto do irmão
A luz do dia pela janela aberta
Tocando nossas peles nuas...
E em que esta memória
Não seria mais glória
Mas um caco do óculos azul
Que corta quando toca
Mas que não quero jogar fora

E esse dia chegou

Me deixe te ouvir cantar
Volte a me fazer acreditar
Me procure enquanto temo de novo
Sorria pra mim de novo

O vento levou nosso zimbábue embora
Mas eu ainda o guardo junto das fotos e das cartas

Estarei sempre esperando mais uma carta
Estarei sempre esperando mais um verso
Estarei sempre esperando mais uma ligação
Estarei sempre esperando mais um sorriso
E sempre esperando
Sabendo que não vem
Mais uma visita
E mais um beijo
De batom vermelho
Marcado no papel
Naqueles envelopes coloridos

Em meus sonhos estará sempre sorrindo

Fique mais um pouco
Volte a me fazer acreditar...

Eu zimbábue você
Muito

Sobre: Me dei ao direito de falar do meu amor. Este é o segundo.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Neire (Flor da Cajuína) (Uma Noite Fria de Junho)

Por Ricardo Casmurro

Calor, Barracas, Começo
Cruzamento de avenidas distantes
O mundo reunido e dois são o foco
Uma história no porvir

Longe desse amargo berço,
Palavras adocicam os olhos
Como o ouvido de revelações
Intimidade, conforto, acolhimento

Simpatia, comunhão
Atrasada pelas léguas turvas
A alma acha o caminho
Imagens estáticas põem o coração em movimento
Marcam a alma
Que pode haver mais perto da perfeição?
Ainda não achei

A Flor da Cajuína contém minha alma
Esguia, doce, lisa, amorenada, apimentada
E todos sabem como gosto de doce!
Depósito dos sonhos, musa
Ouvinte da brutalidade que me encanta
Carrega as sementes da primavera do mundo
E as da minha salvação

A Flor aprendeu um caminho novo
Aceitar o que por aí se esconde e reprime
Eu, por outro lado, nada guia
Um mero seguidor dos laços que me arrastavam
Para dentro da flor de encanto

Um laço feito de aço
Que carrego e continuarei carregando
Mesmo que ele arda como brasa
Ao lembrar do que perdi

Não mais continuarei sonhando
Mas guardarei a memória dos sonhos
Mesmo que transborde dos olhos
O amor de que lhes enchi

Me escapou das mãos a flor
Me escapou da vida a ternura
Desabo, desabo, mais um vez
Como quando a tentaram prender

Estarei sempre com as pontas dos dedos sobre sua pele
Como numa noite antiga
Estarei sempre cobrindo-a contra o frio
Mesmo que seja a última coisa do último dia

Estarei sempre lembrando do sotaque, da voz,
Que ecoa como música
Os olhos de vidro, o cabelo desarrumado
O Encanto mais arrebatador

Quis que o sonho real durasse para sempre
Mas o para sempre não existe
Nem a viagem, nem a moradia
Embora a carta vá estar sempre lá

Se existem algos que valem a pena
Dos que mais valem, certamente, é a Flor
Muito embora, como no início,
O mundo esteja ao redor
Mas só dois importa
Na noite em que levou, o vento,
A flor que me colheu
Depositária dos sonhos, musa
Leva-os e à ternura
Do amor teu
Numa noite fria de junho
Numa triste noite fria de junho

Sobre: Me dei ao direito de falar do meu amor. Esse é o primeiro poema. Embora não esteja muito bom, é meu choro em palavras.

sábado, 22 de maio de 2010

Home

Por Raguinm & Ricardo Casmurro

REFRÃO
Home - It's somewhere I should belong
Home - It's somewhere far away long
Home - It's somewhere I should be in
Home - It's somewhere I've just never been

Home - With its protection
Home - parents with affection
Home - where I don't have to follow the fashion
Home - I don't have no shack, house or mansion

Home - is lost away from my hands
Home - where shouldn't be parents or gramps
Home - a place where it all breaks
Home - away from my every prayiers

[REFRÃO]

quarta-feira, 10 de março de 2010

A Few Days Out

Por Ricardo Casmurro & Raguinm

I keep on rolling it on
Stopping outside this vassel
I wonder nothing more
Day after day I go

Searching for my muddy wisdom
Walking out, every day miles from home
Don't feel never there at home at all
I never care, 'cos my hope is not gone

I like to hear my friends speaking
Like to live like there was not much to care
I've already head enough of the awareness feeling
I bet I'll find myself a place somewhere

PONTE
Not Brushing my teeth for two or three days long
Wearing the same clothes for like that or more
Sleeping out in friend's home one house after another
Oh, man, that feels so good to be far from mom n' papa

REFRÃO
Oh, yeah, give some more
Maybe just one more day
I'll tell you, baby, I'm almost a runaway
A few days out's all I've got

So I look at the mirror
I see just a lonely boy
Living on for the shadow
Of could have been more

Whispering days that never came
Hosting a childish pain of wondering
Looking at the future and plans
But locked up in something he hates

So,
For a further look and living
A Few Days Out's more than needed

PONTE

REFRÃO

Sobre: A vida em geral é uma prisão, prisão sob os limites que ela nos impõe a cada momento. E somos ao mesmo tempo sempre um poço de possibilidades que podem se concretizar ou não. Mas a angústia de estar preso a uma vida que não queremos e tendo que esperar pelos nossos planos, pelo tempo de cada coisa, às vezes parece insuportável... por isso, tudo mundo merece alguns dias fora.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

I Killed My Parents

Por Raguinm

REFRÃO
[I killed my parents
Yeah, yeah, I did it
And I don't regret

I murdered my parents
Yeah, yeah, I know it
And I'm preety glad]

I was full of that shit
Daily agression, ears n' skin
Endless lookout, a move a sin

I was living on the edge
Each single look a slash
Only the walls to hold my back

[REFRÃO]

Don't bullshit me with thanks crap
I didn't choose to live
I don't have to have life debt
Nobudy ever a thing asked me

So Why should I care?

They held me by blackmail n' fear
Submission pays love, Respect's Subjection
Shape me by Lie, Beat n' Public Humiliation

So don't expect me to be the future of the nation!

I am peacefull now
Living of my goods 'n bads at all
They're here, rotting on the wall

Now I feel free
No kind words to full me up
The world's bitch enough

I killed my parents
And I feel Deadly fine!

Sobre: uma brincadeira, que, como toda brincadeira, tem um fundo (não tão fundo) de verdade,...!

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Democracia Falida

Por Raguinm

Eu tenho um amigo triste
Triste como as flores
Tão triste que não as vê abrir
E tão fechado e triste, dorme

A banda toca feliz a sua canção feliz
Mas o carros e os pedestres só andam sem ouvir
Os morros pagodeiam-se em ladeiras aqui
Mas se a flor está na penumbra, o tempo se vai em chamas frias

Me chamem para uma festa bombante
Mas a corrida preferida volta no amante
Da gravata enforcada na bruxa verde-oliva berrante
Sozinha na poesia fina, carcerária e semblante

Ah, a flor foi desfeita e se esqueceu na floresta de pilastras
Os prédios altos, topadas de homens e moedas de ouro
Baseadas no fundo do buraco fedido de trabalhadores sujos
A mão calada e desfigurada - o temor, a solidão, o matadouro

O fim não chegou, mas brinca no nosso quintal!

A mão do braço forte e sujo caminha insegura pelos andaimes
Os passos calmos e apressados de um olhar forçado e calado em redondezas esquecidas
Pesado em desfazer o des-sonho com o despudor da dificuldade vívida
No pesadelo desfeito e construído nos sonhos e nos olhos de um velho sabido ignorante

Meu filho, me escuta!
Preciso de você pra sonhar pra você!
Não me importo de penar, de perder-me em uma vida que perderei
E o meu mundo vai se partir em pedaços completos por você!
Meu filho, me escuta!

Onde está a propina do meu cinza-merda?
Onde está o pudor do meu corrupto penetra?
Os 4 anos que esmerdalharam a minha missão
E que me levam a um sacrifício vital que se foi em vão
O que mede-se a dentro de seus poderes se esquece no camburão
E a campestre prataria vazia caatinga a soja que devasta pelo devastado industrial são
Nas palavras que viajam por fios e ondas para desconstruir-estruturar os desejos de um reinado tão
Tão bonito e apocalíptico na paixão da canção fúteis e sadias na ivermelhidão...

O futuro será meu carro de luxo
Por que o fim se refez na retomada do caminho
E temo pelo futuro que vem por que me lembra
Que o que faliu como a democracia moderna
Chove por que refresca, mas também inunda e mata
E só a sorte (ou o preparo!) podem beber d'água da chuva...!

Sobre: resgatando antigos escritos meus do terceiro ano... ainda pouco maduro naquilo que são de fato os métodos e caminhos da solução revolucionária, mas que é algo bem pouco importante aqui, por que é só crítica. Apenas os dois primeiros versos do último parágrafo referem-se ao socialismo. Não há nenhuma referência ao stalinismo, o que é um erro meu. Mas existem críticas a diversos assuntos, mas, diferente do que foram minhas produções da época, não culpando as massas por sua consciência, mas criticando as posturas que advém da elaboração consciente de agentes políticos burgueses. A flor aqui é uma referência às flores de Chê da metáfora das flores e da primavera, só que aqui adaptando a simbologia para mais que as pessoas, mas aos fenômenos políticos que empurram a história no sentido da revolução socialista. E o bonito e o feliz aqui são meramente ideologias burguesas, não propriamente ilusões, por que as pessoas de fato os têm, mas demonstrando que são aparência, que cumprem papéis. Existe mta referência, no início, ao proletariado, sua angústia e sua forma de vida; claro que é algo escrito por um pequeno-burguês, logicamente superlativando alguns elementos em relação à realidade, mas no campo dos signos metafóricos tá dentro do que eu ainda acho concreto. Em suma, algo que fala de tudo, ou quase tudo, de uma maneira mt interessante.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Boneca de Pano

Por Ricardo Casmurro & Raguinm

A boneca de pano está sentada na prateleira
Em meio a tantas outras bonecas
Outrora fora a favorita de uma menina pequena
Mas agora é esquecida em seus remendos

A Boneca que nunca teve ou terá a filha da lavadeira
Esquecida pela dona, vive de sonecas (e choros calados)
Televisão na sala, desenho de amor, cena obscena
Por que os anos passam sob a canção dos esquecimento

A boneca de pano
Tão triste, levanta com a mágica vida dos raios de sol
E vai buscar no mundo
Alguém que queira brincar com uma bonequinha, tão velha e tão só...

Ela salta pela janela aberta,
Caminha deslumbrada pelo jardim,
E anda por entre a gente na rua dela
poucos passam e ela se sente assim...
Tão livre, tão bem,
Tão livre, Tão bem...

E a boneca de pano anda pela rua, pela avenida
Carros, homens, mulheres, crianças
Todos a olham, mas não querem brincar com a bonequinha
Andam com olhos tortos, afastam-se de suas rmendas

Ah, mas a boneca de pano
Não pode falar com as menininhas que passam pela rua
As mães as afastam
E a bonequinha agora entende o que é estar viva como a lua

E mesmo fora da casinha, esquecida na prateleira
Se sente sozinha, a vida com a dor a presenteia
E a noite vai chegando...
Caindo sobre a bonequinha de pano
E os olhos não são mais de medo
Eles agora a olham com interesse
Tentando olhar sob seus remendos, agora tão curtos
Para aqueles olhos cruéis, selvagens e sórdidos
Que decifram as curvas da bonequinha
Que foge o quanto não pode
Se serpenteando pelas mãos que a tocam...

E mesmo fora da casinha, esquecida na prateleira
Se sente sozinha, a vida com a dor a presenteia

E a penumbra cobre o rosto triste que cabisbaixo retorna ao exílio de sua prateleira
E anda pelojardim, entra pela janela, sabe pela cama, guardando-se na casinha
No dia seguinte, ela de novo e de volta sentada lá estará, boneca de pano, para a faxineira
E a boneca de pano, descosturada e suja, será brinquedo velho e inútil que ela jogará na lixeirinha

Sobre: Um conto sobre a alienação, o afastamento, o estranhamento e a malignidade que permeiam o mundo. também, em certas partes, uma metáfora quanto ao preconceito de quem rompe, o desprezo por quem se fode e a opressão sobre quem nasceu "sem um pênis".

Cartas-produções

Por Raguinm

Algumas coisas precisam de uma pontinha só
Para se fazer andar
Outras coisas movem o mundo e quase levam-no ao pó
Apenas para começar a iniciar

Seu desespero é o meu álibi
O perigo de desmoronar se faz visível
O seu cajado mágico trouxe o que cabe
Mas se desfaz em cinzas ao olho do impossível
Se funde, se cria, se refaz em impossível
Andado cheio de mulheres no seu carro entulhado e conversível
Na moda da vossa futilidade caríssima e volúvel

REFRÃO
As minhas mãos latejam
E eu as aperto até sangrar!
Meus olhos lacrimejam
E eu os aperto até queimar!
O meu corpo se enansia
E eu me enfureço até gritar!
A minha garganta grita
E eu grito até ela rasgar!

As cartas-produções se afundam enquanto a ventania
Furiosa reanima as ondas em ressaca sanguinária
O cheiro da tua pele descamada, sangrada, marcada
Nas fotos do seu consumo cheio de desprezo e agonia
Que retorna do inferno de seu intrapsicoconfronto
Alienoconformado com a desretrofiguração inconopsíquica

REFRÃO

Perdão, perdão
Tudo que fiz foi um erro!
Agora quero ouvir
O seu desesperado apelo!
E as tripas voam
Por entre os ratos a correr
Correr e morder
As carnes das feridas
Dos cadáveres
Que se entulham
Jogados na podridão
E os vermes a celebrar
Enquanto os restos do
Nosso mundo putreficam!

REFRÃO

Sobre: Um mundo cheio de problemas como nosso em que aqueles que sofrem dele não conseguem superá-lo, reforçando valores e desejos burgueses que não solucionam os probelmas das massas e da classe trabalhadora. Se isso não se resolve, as cartas-produções criam um mundo turbulento e um avanço no sentido do retorcesso, a barbárie afinal com vermes a celebrar.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Too Much Blind

Por Raguinm

I hope for the ones who're growing
I awake and sing for the one who's praying
But the guy who's looking at me
Doesn't hear what I sing

We are speaking for an empty stadium
We are crying for a happy sanitarium

I am coming to fight you back
To giver you my anger from closed hand
The time wil show the world who's the real track
No one will slow down in this war until the final band

REFRÃO
We are speaking for an empty stadium
We are crying for a happy sanitarium
How can we keep on the walk
If the ones we're trying to protect are just so
Blind, blind, just too much blind
If I'll gonna give'em my life!

The flowerful white garden
Hide plenty shadow snakes
And the flowers are full of thorns
The scars in their faces don't wanna fade

Look at me like a mad sargent
Whose mind burns and shakes
And whose house is full of worms
But still he loks at me with eyes of hate!

So my fading tear, they'll break my pride out
But I can't have pride, I can't hope for my life
I see all the pain around me and it's like it was my fault
But I need them, but I hurt 'cos they're just too much blind!

REFRÃO

Sobre: uma parte da minha produção adolescente. Discute um pouco a contradição de ser a própria classe quem reflete as ideologias que precisamos combater para salvá-los mesmos. E isso faz eles se voltarem contra nós. Claro que a ideologia é uma questão conjuntural, então não é ela quem determina a luta de classes em última instância, ou seja, é possível mudar o nível de consciência das massas em saltos segundo a experiência dela, ou seja, mesmo sendo ela hoje hostil e com ideologias inimigas, ela não é inimiga, apenas cega demais. Mas tranquilo, em breve ela verá; é uma questão de oportunidade.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Memories From a Lost Past

Por Raguinm

No fear of the greed
The way'll open today
No pain at the fear
Courage is the open way
To be Brave
Will Born Again
From the grave
The Memorie Remains

Memories from a lost past

To globalize
To imperialize
To make the remark
To make the border fly
Bring the anger to my ear
Because destroy's not enough
How long can you survive?
How long can you hide?
Face the truth, my friend
Face the death, fight, my friend
Fight to the end
'Cause the memorie remains

Memories from a lost past

The fight of the past
Is in our repressed instinct
Bring the anger of the jungle
The pain, the suffer
Do not forget your roots
Because the memorie still remains

Memories from a lost past

Never loose the legacy!
Never forget what you see!
Never let you bleed!
The Blood flowing through the streets!

The flower of Hope!
The sun of the none!
The hope of the sun!
The none of the flower!
Rise again! Is Born again!
The Memorie Still Remains!

Memories from a lost past

Sobre: desenterrado do meu segundo grau, tratando de maneira genérica da necessidade histórica da revolução e da relação que isso tem com sociedades às quais a humanidade já passou e que não tinham propriedade privada, além da necessidade mais genérica em prol da sobrevivência, que depende da revolução social.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Água e Chuva

Por Raguinm

Deslize pelo meu corpo
Como a água da chuva
De uma chuva de verão
Que vem de repente
E me agarra com vontade
Sem me deixar sair
E eu bem que digo,
Gosto dos dias chuvosos

Do aroma afogador
Da tempestade que vem


Então pra quê esconder-se atrás de um sol radiante
Quando o que quero é a sombra aconchegante do nublado?
E, eu sei, você também quer chover
Fica escondida no céu em núvens que voam rápido
Um vento forte
Mas se não saio de casa ela não chove
E às vezes, eu vejo, mesmo que o sol dure pouco
Guarda uma tremenda selvagem doce tempestade

Eu não tenho medo da chuva!
Não quero chapéus que me encubram
Se quer chover sobre mim, que chova!
Olhar para o sol irrita os olhos
Prefiro que chova logo!
E me deixe aproveitar o seu deslizar

Enquanto me cobre com essa água que guardou tanto
E que quero,
Sabe que quero

E, sim, eu sei que falam mal da chuva
Dizem que querem o sol e que chuva só pra refrescar
Mas eu não me preocupo
É por que não sabem quão bom é quando você chove em mim
Não sabem aproveitar a tempestade
Sentir o sabor da água que cobre a pele
Que gruda no corpo e quer me tocar em todo lugar
Uma refrescância quente que desejo tanto
Quanto menos chove, mais falam mal da chuva!
Então que chova muito!

Minha núvem, não me importo
Eu sei que, fora Brasília,
Chuva forte mesmo chove em muitos lugares
E molha muitas pessoas
Mas quê me importa?
Não posso querer mandar nas núvens!
Pois que chova lá, alí e acolá!
Só quero que chova aqui
No meu cantinho aconchegante
E que seja um baita temporal
Daqueles que fez Noé fugir
Que seja todo em cima da minha cama
E que me siga
Que seja mais que chuva, que vai embora
E que seja mais como água
Que molha, que gruda, que fica
Que me deixa feliz
Ao vê-la feliz