segunda-feira, 14 de junho de 2010

Our Own Good Way

Por Raguinm

I'm not here for your games, sweetie
I don't wanna ask for mercy or pittie
I'm a men who's sure of what he wants
But not so glad at all of the way it runs

Keep on hidding,
Reckfull and lieing
And then you just push me away
Give a clue
Try to be cool
For me it's just the childish way

Do you fuckin' want it or not?
Say it, now, fuck, for once
Be sure of yourself, stop
Come on, make your choice be done

Don't give luck to bad luck
Don't avoid fuck n' you want fuck
All right, I'm not here to treat you bad
So just stop playing and don't look back

Stop on hidding
Reckfull and lieing
'Cos then youjust push me away
Fuck the Clue
Don't you be cool
Let's make things our own good way

Sobre: De saco cheio da moralidade atrapalhando a vida das pessoas e a minha também. Danem-se os joguinhos de sedução, os limites de entrada, as mentiras, as dissimulações.. isso só faz perder oportunidades, atrasar as que se mantém, dificultar quando quer, gerar mau entendido quando não quer... párem com isso, porra. Besteira, medo, insegurança, criancisse. Por que gente grande continua fazendo essas coisas? desnecessário. Ponto.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Raquel (Zimbábue) (Mais Uma Carta)

Por Ricardo Casmurro

Sempre a vejo em câmera lenta
Como se o vento balançasse os cabelos e a fizesse rodar
Algo como saído de uma ciaxa de música
Eternamente sorrindo como nos dias de viagem

Fique mais um pouco
Pegue o ônibus de mais tarde
Me mande mais uma estrofe
Me mande mais um carinho

As letras escritas à mão
Chegando de surpresa como um presente
Me lembram do açúcar grosso de manhã
E das lágrimas de felicidade sorridentes

Fique mais um pouco
Me deixe te ouvir cantar
Me mande mais uma carta
Me indique de novo o caminho

Tentei fugir, eu sei
Temendo o dia em que
As cartas não mais chegariam
Em que as estrofes acabariam
Em que os sorrisos fugiriam
Mas restaria a memória do quarto do irmão
A luz do dia pela janela aberta
Tocando nossas peles nuas...
E em que esta memória
Não seria mais glória
Mas um caco do óculos azul
Que corta quando toca
Mas que não quero jogar fora

E esse dia chegou

Me deixe te ouvir cantar
Volte a me fazer acreditar
Me procure enquanto temo de novo
Sorria pra mim de novo

O vento levou nosso zimbábue embora
Mas eu ainda o guardo junto das fotos e das cartas

Estarei sempre esperando mais uma carta
Estarei sempre esperando mais um verso
Estarei sempre esperando mais uma ligação
Estarei sempre esperando mais um sorriso
E sempre esperando
Sabendo que não vem
Mais uma visita
E mais um beijo
De batom vermelho
Marcado no papel
Naqueles envelopes coloridos

Em meus sonhos estará sempre sorrindo

Fique mais um pouco
Volte a me fazer acreditar...

Eu zimbábue você
Muito

Sobre: Me dei ao direito de falar do meu amor. Este é o segundo.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Neire (Flor da Cajuína) (Uma Noite Fria de Junho)

Por Ricardo Casmurro

Calor, Barracas, Começo
Cruzamento de avenidas distantes
O mundo reunido e dois são o foco
Uma história no porvir

Longe desse amargo berço,
Palavras adocicam os olhos
Como o ouvido de revelações
Intimidade, conforto, acolhimento

Simpatia, comunhão
Atrasada pelas léguas turvas
A alma acha o caminho
Imagens estáticas põem o coração em movimento
Marcam a alma
Que pode haver mais perto da perfeição?
Ainda não achei

A Flor da Cajuína contém minha alma
Esguia, doce, lisa, amorenada, apimentada
E todos sabem como gosto de doce!
Depósito dos sonhos, musa
Ouvinte da brutalidade que me encanta
Carrega as sementes da primavera do mundo
E as da minha salvação

A Flor aprendeu um caminho novo
Aceitar o que por aí se esconde e reprime
Eu, por outro lado, nada guia
Um mero seguidor dos laços que me arrastavam
Para dentro da flor de encanto

Um laço feito de aço
Que carrego e continuarei carregando
Mesmo que ele arda como brasa
Ao lembrar do que perdi

Não mais continuarei sonhando
Mas guardarei a memória dos sonhos
Mesmo que transborde dos olhos
O amor de que lhes enchi

Me escapou das mãos a flor
Me escapou da vida a ternura
Desabo, desabo, mais um vez
Como quando a tentaram prender

Estarei sempre com as pontas dos dedos sobre sua pele
Como numa noite antiga
Estarei sempre cobrindo-a contra o frio
Mesmo que seja a última coisa do último dia

Estarei sempre lembrando do sotaque, da voz,
Que ecoa como música
Os olhos de vidro, o cabelo desarrumado
O Encanto mais arrebatador

Quis que o sonho real durasse para sempre
Mas o para sempre não existe
Nem a viagem, nem a moradia
Embora a carta vá estar sempre lá

Se existem algos que valem a pena
Dos que mais valem, certamente, é a Flor
Muito embora, como no início,
O mundo esteja ao redor
Mas só dois importa
Na noite em que levou, o vento,
A flor que me colheu
Depositária dos sonhos, musa
Leva-os e à ternura
Do amor teu
Numa noite fria de junho
Numa triste noite fria de junho

Sobre: Me dei ao direito de falar do meu amor. Esse é o primeiro poema. Embora não esteja muito bom, é meu choro em palavras.