sábado, 25 de outubro de 2008

O Teu Querer

Por Ricardo Casmurro & Raguinm

Que coisa fútil é esse teu querer
Andaste por cima do alvorecer da paixão
E fizeste a felicidade desperdiçar-se ao chão
E deixou o desejo e a inocência à mercê...

Que coisa tão fútil é o teu querer
Que, frente à pessoa que sempre foi
Desmacha-se em tristeza e ódio
Por que ela não foi tua escrava

Que coisa tão fútil é o teu querer
Que, ante à fama e quem sempre desejo
Escolhe a primeira e num olhar sóbrio
Nega teu "amor" a vir à tua casa

Que coisa tão fútil é o teu querer...
Ainda ela é a mesma pessoa a quem prometeste amor acima de tudo
Por que seria teu sentido e teu desejo
Mas agora de nada vale por que ela tens de compartilhar o sentido, o desejo e o querer?

Que coisa fútil é o teu querer...
Quando tens de emprestar teu brinquedinho
passa a não querê-lo mais?

Que coisa fútil é o teu querer...
Se o que vos faz amar é o que sentem entre si
Por que isso acaba qando ela sente por alguém mais?

Que coisa fútil é o teu querer
A escravidão imposta pelo teu poder
Que coisa tão fútil o teu querer
Que é mais importante?
Teu sentimento ou o teu poder?

Que coisa fútil é o teu querer
Por que ele se basta em querer
Em desejar, em possuir
Assim que isso for, sumir

Que tão fútil o teu querer
E ainda queres vir dizer
Que é algo que só compete a ela e você
Então venha me dizer por quê
Se amas tanto tua paixão,
Expulsa de tua vida e do coração
Ela quando ela quer alguém?
Que tem a ver outra pessoa?
Por que deixar estragar algo de tamanho bem
Por que ela não está sozinha

Que coisa tão fútil é o teu querer
O que queres afinal?:
Um objeto de satisfação do teu querer
Ou alguém a quem quer compartilhar teu ser?
O que queres afinal?

Que coisa tão fútil e tão mesquinha é o teu querer...!

Sobre: Escrito a partir de uma desilusão que levou a reflexões mais profundas compartilhadas com Raguinm... O eu-lírico em terceira pessoa é por que eu estava em terceira pessoa na história real. Aqui não é uma história.. o objetivo é fazer as pessoas refletirem sobre o problema.. é tentar mostrar a aberração que é a monogamia. Na cabeça das pessoas, o amor é uma coisa que surge entre duas pessoas por que, de alguma forma, estarem uma com a outra as completa, as faz feliz. Por isso podemos "escolher" com quem ficamos juntos, por que o que determina os nossos sentimento é, a princípio, a felicidade que nos proporciona a outra pessoa pelo que ela é. Se é assim, por que a outra pessoa sentir algo por uma terceira muda alguma coisa? Quer dizer que tudo que ela é não vale de nada ante o fato de que ela compartilha o sentimento que tem por você com outra pessoa? Quer dizer que tudo de bom que se viveu junto, todo o companheirismo, toda a cumplicidade que desenvolveram, toda felicidade que têm juntos, tudo isso que fez com que a relação existisse, tudo isso, não importa mais que a vontade da outra pessoa de sentir algo com outra pessoa?
Então quer dizer que o que une as pessoas não é o puro e simples desejo e afeto, o puro e simples apreço, desejo, adimiração, completude, que se sente com a outra pessoa, mas é outra coisa, alheia à outra pessoa.
Como Raguinm bem diz, as pessoas não "amam" por causa das outras pessoas, mas por causa de si mesmas. O amor é um sentimento egoísta, que não tem nada a ver com cumplicidade, mas com satisfação individual. Não é que todos vivemos bem quando não estamos numa relação, que conseguimos satisfazer nossas necessidades emocionais, aquele vazio, aquela solidão, que todos nós sentimos, no cotidiano, na vida normal com as pessoas; pelo contrário: vivemos a permanente solidão e angústia da vida cruel do isolamento torturante do estranhamento anti-natural entre nós, humanos, a alienação. E é por causa dessa solidão, causadora também desse vazio, que as pessoas buscam montar seus amores e suas relações.
Suas relações são apenas tapa-buracos improvisados para o buraco que temos em nossas almas. Por isso, O outro não é nada mais que isso.. alguém selecionado para ser esse tapa-buraco improvisado. E coitado desse alguém-tapa-buraco! Só está lá a serviço dos sentimento da pessoa que a possui. È um objeto de satisfação, não uma pessoa, com desejos, vontades, e que pode também querer satisfazê-las como bem eentende. Não. Ela deve submeter-se à disciplina da vida partilhada, que se tenta controlar, para evitar que ela possa de repente avoar-se da sua única função, a satisfação de vosso desejo e necessidade.
Para servir a isso, existem duas condições, uma para a pessoa e outra para a outra pessoa: para a pessoa, que dê alguma atenção à outra pessoa sem que ela tome o poder da relação, ter toda atenção para que seu domínio esteja assegurado, para que possa impôr com consentimento da outra os seus interesses, a sua vontade, a sua satisfação, ou seja, dar à outra, sem dar demais, sem demonstrar-se forte, impôr-se, já que a outra pessoa também o fará, está interessada em sua satisfação individual, assim como você; a outra é que a outra pessoa seja exclusivamente SEU tapa-buraco, que toda capacidade de atenção e satisfação, que toda capacidade dela de suprir seu vácuo emocional seja apenas gasto com você, para não correr o risco de suprí-lo de menos, ou seja, que nunca ela seja nunca dê a outra pessoa e a si mesma a felcidiade e a satisfação que ela deu a você, por que isso pode fazer-te quer de em algum momento pensar não só na sua necessidade , mas também no de outras pessoas, o que, lógico, é algo terrível, não é mesmo?
Pois é, eu não compartilho desse sentimento egoísta. Minhas "paixões", se é que paixão pode ser usada quando não há necessidade de possuir o outro, são meus sentimentos por alguém a quem sinto que a felicidade, o prazer e a cumplicidade, o companheirismo, é merecido por ela. Serei um daqueles que a dará o que merece e ajudar-la-ei a achar quem mais estiver disposto a fazê-lo por ela. E dela peço apenas que dê a mim o mesmo que dou a ela. E se houver mais alguém que me trouxer igual, maior ou menor adimiração, desejo e respeito que ela, serei igualmente cúmplice e darei o mesmo, com as mesmas condições. Meu estoque de carinho e afeição só é limitado ao tempo. Cada pessoa é uma pessoa, e cada uma delas é o que importa apenas para a relação que tenho com ela mesma.
Pois então,.. que fútil e mesquinho esse teu querer, que não depende de quem se quer, mas do quanto se quer.

domingo, 19 de outubro de 2008

A Inevitável Queda

Por Ricardo Casmurro

A felicidade soltou minha mão
Deixou para tráz o desejo e o sonho
Para eu carregar
Enquanto simplesmente foi embora

Sinta toda a angústia
Corroendo as tuas entranhas
Enquanto e la transborda pelos seus ouvidos
Transformado em pesadelo seus sonhos

Olhe o que você conquistou
Se afastado de você

Tudo que tiver poderá ser tomado de você
Até pelo seu melhor e mais amado amigo
O treze sempre encontra uma sexta

Tudo que você conquistar, não esqueça
Mesmo que você cuide bem disso
Está sempre, meu amigo, à mercê de perder

Por que na verdade vivemos num mundo cruel
Que conspira a vitória que só existe contra você
A maior abundância possível só será mais escassez
E estará sempre sozinho para tentar conseguir o que quer
Num esforço colossal por nada
Na eterna paranóia que se torna egoíosta
por que toda mais certa e próxima conquista
Mesmo a mais segura
Sempre poderá escorrer pelas tuas mãos
Ou ser arrancada dela pelos vorazes irmãos

Não importa e não importará a tua alifção
O mundo não é justo
Nada está programado para acontecer
E tudo conspira para dar errado

prepare-se para a derrota
Ela está sempre à espreita

poi quando preparardes alguma coisa
E mostrar-se cada vez mais perfeita
Prepare-se
Por que se apenas um dos seus apoios cair
Tudo desabará sobre você
E não haverá para onde correr
Ninguém etará lá para socorrer-te
Não conte com nada
Você nunca sabe o que virará as costas para você
Você nunca sabe quem está te enganando
Sempre restará o medo
E ele te perseguirá
Enquanto a decadência te espreitar...

Não existe segurança
Só existe uma chance menor de o perigo te alcançar
Mas ele continua sempre lá
E a vida tem seus altos e baixos
Pois então sempre que estiver no alto
prepare-se por que a queda certamene chegará
E quanto masi alto estiver, mais sentirá
A Inevitável Queda

Sim, eu sei,
Pensar nisso tudo te assusta
Mas saiba que a vida é assim
Prepare-se
Sempre à espera do fim
(O mundo não pára, tudo termina)
Da inevitável derrota posterior
Da certa destruição final de tudo
(O mundo não pára, tudo termina)
Pois nada dura para sempre
(O mundo não pára, tudo termina)
Estamos todos fadados à derrota
Pois toda felicidade tem seu fim
E se der a sorte de ao morrer
Ter tudo que precisava
Ou até mais algo do que queria
Terá se fodido por então morrer e tudo perder
Tudo que sofreu para conseguir
Que conseguiu tocar de tudo que lhe tiraram
Tudo o que pela milésima vez sofreu para recuperar
Apenas parte de tudo aquilo que lhe foi tomado
Em toda sua vida de sucessivas derrotas
Traiçõe, perdas, solidão, desespero e ódio
Sempre temendo o ponto de não-retorno
A total perda
A Inevitável Queda

A felicidade não olhou para tráz
Mas me deixou com o gosto e a memória
Para me torturar
Enquanto simplesmente foi embora
Lentamente...
(E seus passos ficarão marcados no chão para sempre)

Sobre: um pouco de desilusão.

Corpo e Alma

Por Raguinm

Priosioneira de um passado que nunca passou
Acorrentada pela generosidade e a emoção
No meio do caos vou tentar saber quem sou
Enquanto os que estão ao meu lado não sei quem são

Me tire dessa confusão!

Cada toque amargo e ácido
Dos inimigos que tentei perdoar
Sem que eles nunca quisesse perdão
Me trazem d e volta o passado
Eu bem me lembro de lá, bem me lembro de lá
Onde minhas correntes e amarguras estão

PONTE1
Você me humilhou! Me machucou o corpo e a alma
Eu lembro bem das tuas piadas!
Eu lembro bem das tuas cantadas!
Eu lembro bem das porradas!
E de toda humilhação que me fizeram passar!
Acredite sim! Isso um dia irá acabar!
Um dia, com isso, EU vou acabar!

O sofrer é só mais um passo
Na verdade, por trás do riso e do sorriso
Esconde-se a angústia de uma luta sem sim
Em busca de um felicidade que nunca chegou
Décadas de dedicação e de restrição
Que nada mais me deram que a tristeza, a dor e o conflito
Na verdade, por trás dos cortes de cabelo e das bijuterias
Esconde-se o desejo tenso de achar um lugar, algo que me aceite
Um lugar onde meus anseios se concretizem, onda possa ser livre
Das amarras cruéis de uma moral que não posso largar
De um trabalho, um esforço monstruoso e incessante
Que me acorrenta mas que sem ele sou nada, nem posso vir a ser

PONTE 2
Você me humilhou! Me Machucou o corpo e a alma!
Eu lembro da família que me fez abandonar!
Eu lembro dos amigos de quem me fez distanciar!
Eu lembro dos mortos e desaparecios em todo lugar!
E toda humilhação que me fizeram passar!
Acredite sim! A sua maldita hora vai chegar!
Um dia, com isso, EU vou acabar!

REFRÃO
Sinta minha raiva! Sinta a minha angústia!
Os cacos dos meus sonhos despedaçados vão para todos os lados!
Olha na minha cara! Segura a minha fúria!
Agora eu quero ver quem segura o ódio de tantos anos desperdiçados!
Corpo e Alma! - Um só!
Corpo e Alma! - Mulher de Verdade
Corpo e Alma! - Não vou suportar
Eu quero ser feliz não importa se não vão deixar!

Abandonei tido que tinha, tudo que era
Por uma vida de esforço sem fim e sem retorno
Me sacrifiquei, me humilhei
E eu bem sei, só mais dor eu ganhei
Tudo deve ter um fim
O meu não pode ser assim!

PONTE1
PONTE2
REFRÃO

Sobre: inspirado na vida da minha mãe. Mas representa um pouco que é a vida de uma mãe casada que se dedica à família. Dedica seu tempo, seu esforço, sua vida a outras pessoas, a servir ao marido e aos filhos, trabalha como ninguém, sofre todo dia a humilhação e o desdém. Abandona tudo para construir uma vida com alguém, ou seja, deixa de ser a si mesma. Ainda pode sofrer com as agressões e com as desmoralizações geradas por qualquer desgostos. A vida dura da mulher no capitalismo.

Scenes of Our So Called History

Por Raguinm & Árion Vampyr

Hearts exposed still beating for all to see
While the flames deform men alive
Surrounded by hanged corpse pieces
For the sight of all whole vilage

A Scene of the so called history...
This is our barbaarianship!

Red is the color that paints our houses
The smell of putred people's bodies
It's the exemple for all of us not to follow
Everything's just too terrifying, so hollow..!

Carnage(!) is the real name for our living...!
Try to scape and you'll be another head up on the lance

King and Gods had allways reigned upon us
With their fully sacred blessings
Of knowledge, guidance and kindness
Sent by their dungeons, taxes and armies
Manteined by their torturers and soldiers
With the beautiful gift of hunger and torture
With marvel exemples exposed to our children
Hanged in our squares
Staining with blood all pages of our book
For the eternity of our pride
For the fully of our purity

Scenes of the So Called History..!

Sobre: parte de um projeto de álbum que se centraria em expôr as atrocidades cometidas pelas classes dominantes ao longo da história.. Aqui é só uma idéia geral. As classe dominantes nunca ti veram pudor em fazer todo tipo de atroidade com seres humanos, causar dores que para nós hoje seria impensáveis, criar um terror inimaginável para nós.. mas que alguns de n´so pdoem ter a sorte de testemunhar em pouco tempo.

sábado, 18 de outubro de 2008

Face to Face to Spiders

Por Árion Vampyr

Looking at the endless path
Among burning falling walls
Waiting for what danger's next
While all sky above simply falls

Uncapable of running away
Locked at the webs of spiders
Looking at the unknown last day
In my direction the spiders

REFRÃO
Fire up (!) on the torches
Bats all runing all around me
Face to Face to Spiders
At a world where salvation comes with sin...!
While I'm face to face to spiders!
...spiders...
spiders...!

Seeking for anylight
Lost in a prision of demons and torture
Seeked through the night
By hunting wolves, nothing but run to do

Uncapable of running away
Locked at the webs of spiders
All around the endless word says
Never come save me the riders

REFRÃO

When all you trust leaves you behind
And everyone only wants to betray and devide
They'll all leave you there
Face to Face to Spiders

Haunted by twisted terrifying memories
Crying for the care of none at this
In a clearing in the woods surrounded by unknow beasts
Defenseless children among sharks hearing his heart beats

Inside the web
In the web
Face to face
Face to face to spiders!

Uncapable of walking away...

Looking at the unkown last day
Never come save me the riders
All around the endless words say
In my direction the spiders

REFRÃO
REFRÃO

Face to Face
Face to face to spiders
Face to Face
Come and face the spiders
come, come and face
face to face to spiders
come and, come and face
Face to face to spiders

Face to Face to Spiders

Sobre: Às vezes se vê que não há o que fazer, para onde correr e aquilo que você teme está só esperando algua coisa para cair sobre você. Criança Indefesa entre tubarões ouvindo as batidas de seu coração. A imagem mais perfeita. Quantas vezes você se sentiu assim? quantas vezes já se viu perdido, abadonado, sem ter para onde correr, sem ter em quem se apoiar? Estamos todos sozinhos. Esse mundo foi feito para sermos indefesos. Apenas a maldade te traz poder.