domingo, 19 de outubro de 2008

A Inevitável Queda

Por Ricardo Casmurro

A felicidade soltou minha mão
Deixou para tráz o desejo e o sonho
Para eu carregar
Enquanto simplesmente foi embora

Sinta toda a angústia
Corroendo as tuas entranhas
Enquanto e la transborda pelos seus ouvidos
Transformado em pesadelo seus sonhos

Olhe o que você conquistou
Se afastado de você

Tudo que tiver poderá ser tomado de você
Até pelo seu melhor e mais amado amigo
O treze sempre encontra uma sexta

Tudo que você conquistar, não esqueça
Mesmo que você cuide bem disso
Está sempre, meu amigo, à mercê de perder

Por que na verdade vivemos num mundo cruel
Que conspira a vitória que só existe contra você
A maior abundância possível só será mais escassez
E estará sempre sozinho para tentar conseguir o que quer
Num esforço colossal por nada
Na eterna paranóia que se torna egoíosta
por que toda mais certa e próxima conquista
Mesmo a mais segura
Sempre poderá escorrer pelas tuas mãos
Ou ser arrancada dela pelos vorazes irmãos

Não importa e não importará a tua alifção
O mundo não é justo
Nada está programado para acontecer
E tudo conspira para dar errado

prepare-se para a derrota
Ela está sempre à espreita

poi quando preparardes alguma coisa
E mostrar-se cada vez mais perfeita
Prepare-se
Por que se apenas um dos seus apoios cair
Tudo desabará sobre você
E não haverá para onde correr
Ninguém etará lá para socorrer-te
Não conte com nada
Você nunca sabe o que virará as costas para você
Você nunca sabe quem está te enganando
Sempre restará o medo
E ele te perseguirá
Enquanto a decadência te espreitar...

Não existe segurança
Só existe uma chance menor de o perigo te alcançar
Mas ele continua sempre lá
E a vida tem seus altos e baixos
Pois então sempre que estiver no alto
prepare-se por que a queda certamene chegará
E quanto masi alto estiver, mais sentirá
A Inevitável Queda

Sim, eu sei,
Pensar nisso tudo te assusta
Mas saiba que a vida é assim
Prepare-se
Sempre à espera do fim
(O mundo não pára, tudo termina)
Da inevitável derrota posterior
Da certa destruição final de tudo
(O mundo não pára, tudo termina)
Pois nada dura para sempre
(O mundo não pára, tudo termina)
Estamos todos fadados à derrota
Pois toda felicidade tem seu fim
E se der a sorte de ao morrer
Ter tudo que precisava
Ou até mais algo do que queria
Terá se fodido por então morrer e tudo perder
Tudo que sofreu para conseguir
Que conseguiu tocar de tudo que lhe tiraram
Tudo o que pela milésima vez sofreu para recuperar
Apenas parte de tudo aquilo que lhe foi tomado
Em toda sua vida de sucessivas derrotas
Traiçõe, perdas, solidão, desespero e ódio
Sempre temendo o ponto de não-retorno
A total perda
A Inevitável Queda

A felicidade não olhou para tráz
Mas me deixou com o gosto e a memória
Para me torturar
Enquanto simplesmente foi embora
Lentamente...
(E seus passos ficarão marcados no chão para sempre)

Sobre: um pouco de desilusão.

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