terça-feira, 28 de julho de 2009

The White Horse's Knight

Por Raguinm

Seeking for the men of your life, ladie?
Hoping for the right one to deflorate you, yeah?
Oh, I'll tell you girl, oh, it's a waste of time
The white horse's knight is just inside your mind

Come on, babie, give me a smile
I know you gave him all you could
But his vows were just all lies
I saw he went out and you staired where you stood

Oh, babie, babie, babie
Believe me, I'll tell ya no lie
Oh, please, babie, babie, babie
Open your soul, you got no reason to hide
Oh, yeah, believe me, babie
I'll tell you, I'm right on your side

Realize your future doesn't depend on a man
There's no white horse's knight, love's on your hand
Men are all disgusting big selfish jerks
But if you want one, babie, stop this graceless joke

Take your way by your own, know yourself
And go on as your desire will ask, just let it ask
See sex and love are all a matter of try
Don't wait for a man to take and slave you as a bride
Oh, take on with your life!

No White Horse's Knight

Oh, It's just the lie that keeps you tied!

Sobre: Uma das várias formas de castrar a autonomia das mulheres, ou seja, de submetê-las ao domínio machista é privá-las da satisfação sexual e afetiva. Em geral, para as mulheres, essas duas coisas (sexo e afeição) andam juntas. Tanto o fato de estarem atrelas uma coisa à outra quanto o fato de muitas, provavelemtne maioria, depositarem num homem asbtrato (ou seja, em algum homem que está por ir ou que existe, tenha ela clareza de como ele é ou deve ser ou não) fazem parte de um mesmo jogo, que priva as mulheres de satisfazerem-se planemente e desenvolverem-se em ambos os aspectos.
Esse é apenas o aspecto subjetivo da questão. Existem fatores objetivos, como a pressão que sofrem dos outros, a taxação como "puta", as dificuldades que isso acarreta para suas futuras relações, a superficialidade da maior parte dos homens, as metiras e enganações que eles montam, as desilusões que isso causa... não é fácil, para qualquer mulher, lidar com o sexo e a afetividade. E não é culpa delas: vivemos numa sociedade machista que as reprime e que as frustra; uma sociedade que se estrutura em cima disso.
Na mente de muitas mulheres, a forma que essa opressão toma é a permanente busca pelo homem ideal, um cavaleiro do cavalo branco. Algum homem que seja direito, que não engane, que não minta, que seja carinhoso, bom de cama, etc, etc, etc. ou seja, um homem distante do que ela encontra. Na verdade, esse ideal é apenas a negação do homem real que ela encontra, ou seja, é apenas uma idéia que serve para consolá-la.
Mas serve para mais do que isso... serve para não culpar o machismo ou a sociedade ou os homens em geral, mas, sim, individualizar a culpa e dizer que o que falta é "encontrar o homem certo", que é a negação dos outros, ou seja, que não existe.
E pior ainda, serve para atribuir a responsabilidade sobre a sua satisfação sexual e emocional a algo externo a si mesma, ou seja, colocar no homem a responsabilidade por sua satisfação sexual e emocional. Quer dizer que ela deixa de ser dona de si, de ter contorle sobre seu próprio corpo e sua própria emoção, e dá esse poder sobre ela mesma a outro ser, um homem. Isso é uma forma que o machismo assume, uma forma interna à mente das próprias mulheres e que é incentivado por todos.
Mulheres devem tomar conta de seu corpo, fazerem sexo com quem tiverem atração, independente de se estão envolvidas com ele ou não; devem dar em cima de quem querem, devem negar a quem não querem; devem apaixonar um cara e não esperar que venha um homem que as arrebate. Isso é condição para sua emancipação sexual e afetiva.
E mais que tudo, devem combater o preconceito, a repressão e todas as formas que a opressão pode tomar. Devem estar juntas enfrentando esse fantasma e devem ajudar-se umas às outras nessa batalha, que é tanto subjetiva quanto objetiva, ou seja, está tanto dentro quanto fora.

Sex and Rock n' Roll

Por Raguinm

We've Got no reason to lie
This is a sinful simple life
But, baby, I'm sure you wanna a ride
N' when it's over, you'll be no blind
Anymore

We Play Sex and Rock n' Roll!

We've got no reason to be ashamed
We hold no hypocrisy n' lies in your hands
I tell you, we're not here for your game
We've got our life and Rock n' Roll's the name

We're not afraid of our bodies and our souls
That's why we live of Sex and Rock n' Roll

Baby, late at night, after work
I have no boss, no gov, no cop n' no God
This Danm life's a fucking bad joke
But my nights, oh, that I'll never drop!

I play Sex and Rock n' Roll

Sex and Rock n' Roll

That couple wanna two more
N' those high boys are lusting the floor
Baby, we all love us all
With us you can be free, babydoll
There ain't such name as bitch or whore
(Unless you like it!)

The door is open if you wanna go
But I bet you appreciate our Sex and Rock n' Roll

Baby, we all love us all
With us you can be free, babydoll
The door is open if you wanna go
But I bet you appreciate our love

Sex and Rock n' Roll

We play, we live
Sinful on the floor
Sex and Rock n' Roll

domingo, 26 de julho de 2009

Loving a Married Woman

Por Raguinm

Loving a married woman
Good time to be aware
Loving a married woman
Oh, boy, you got to become a man

Loving a married woman
It's a good way to get screwed up
Loving a married woman
Hide and seek's the game of love

And when you're geting tired
You know, oh, she won't be there
And, men, you know, when she's getting tired
You'll be just right there

Loving a married woman
Falling arms with her man
Oh, Loving a married woman
Telling adultery may help her get in her stand

Why should she hide out
If love is the real bound that keeps us realy away from falling down

Yeah, Loving a married woman
Oh, Is to learn to wait n' beat jealousy
Oh, Loving a married woman
To say she may love him,
Oh, yeah, she may love him,
There is no problem about it
But, oh, yeah, I want her to as well love me..!

Loving a married woman

sábado, 25 de julho de 2009

Sozinho na Chuva

Por Ricardo Casmurro

Eu ouço o teu suspiro
Súbito
Guardado aguardando sem brilho
Sei que todo o cuidado
Há tomado
Para que ninguém pudese ouví-lo

Estou Caminhando sozinho na chuva
procurando alguém com quem sentar e beber
Passo pelos bares cheios e vazios ao mesmo tempo pra ver
Pessoas confraternizando sozinhas todas juntas

Há, entre nós, essa distância
Essa suspeita
Milímetros desmedidos nos afastam
Eu sei que ao mesmo tens o medo
Do apelo
Proteger-se do prototípico Protetor é: "não!"

Se não poderemos nos olhar, se não poderemos nos ter
Está tudo em termos de estar lá e todos tempos não os ver
Sinto falta de você que nunca tive, de tudo que podríamos ter sido
Solidão pode ser o peso do limite, que separe sua vida do meu caminho

Olhando para mim com olhos desconfiados
Não olha meu espírito
Não vivido
Não vívido
Caminho que não trilho
Serei feliz se, o medo, um dia, desafiá-lo!

Estou Caminhando sozinho na chuva
procurando alguém com quem sentar e beber
Passo pelos bares cheios e vazios ao mesmo tempo pra ver
Pessoas confraternizando sozinhas todas juntas


Estou caminhando sozinho na chuva
Sozinho na Chuva...
Bares cheios e vazios ao mesmo tempon pra ver
Bares cheios e vazios...

Estou Caminhando sozinho na chuva
procurando alguém com quem sentar e beber
Passo pelos bares cheios e vazios ao mesmo tempo pra ver
Pessoas confraternizando sozinhas todas juntas

Confraternizando sozinhas
Confraternizando sozinhas
Todas juntas,
Todas juntas,
Todas juntas,
Sozinhas na Chuva

Sobre: Que sensação você tem quando tem contato com alguém que não conhece? Identificação ou desconfiança? Não confiamos uns nos outros, tememos uns aos outros, vemos o outro como a negação de nós mesmos... Só passamos a nos deixar conhecer e nos deixar envolver pelas pessoas quando elas nos demonstram serem confiáveis para que possamos superar essas barreiras que criamos entre nós. O problema é que nós precisamos uns dos outros... quantas coisas maravilhosas poderíamos ter vivido com pessoas que nos aparecem e que nós trabalhamos para manter distância a princípio, se elas tivessem entrado em nossas vidas? Quantas pessoas encontramos no cotidiano e que poderiam ser muito para nós? Pessoas que encontramos na rua, nas quais esbarramos saindo do metrô, com as quais dividimos acento no trem... ou até que são mais próximas, que trabalham em outra seção da empresa em que trabalhamos, que moram na outra rua do nosso bairro, etc.
Os seres humanos são animais sociais e constroem-se a partir da interação com outros, fazendo dos outros um complemento de si mesmos e de si mesmos um complemento dos outros. Mas algumas estruturas sociais, como a nossa, desenvolvem, para isso, uma forma de enfrentamento e competição entre nós, uma postura de permanente entrincheiramento emocional, o permanente medo paranóico de ser descoberto e de ser envolvido. Por que, para nós, envolver-se é estar vulnerável aos outros, e não estar mais forte por que eles podem apoiá-lo.
Esse poema começou quando eu estava pensando ontem em como que somos todos tão divididos. Especialmente por dois casos que vivi recentemente, de pessoas que queria conhecer, que queria ter contato, aprofundar uma relação de qualquer tipo, mas que, em função dessa permanente desconfiança em que vivemos, fugiram de mim. Assim como devem ter fugido de pessoas aleatórias desse mundo com as quais devem ter tido contato durante a vida...
Para outras pessoas esses casos seriam desprezíveis, afinal, não cheguei a conhecer de fato as pessoas... mas eu não penso assim. Não deixo de me importar por causa disso. São pessoas, são importantes para mim e me sinto triste de não poder me envolver com elas mais profundamente. Sinto falta do que não tive. Afinal, nesses suspiro súbito que todos temos, criados por estes milímetros desmedidos que determinam as nossas formas de nos afastarmos, de nos dividirmos, sentimos uma falta da qual temos medo e que, para evitar que alguém venha saná-la, dizemos a esse alguém: "não!".
Não se trata aqui de romance. Se trata de pessoas em geral, de como lidamos com elas. De como estamos todos confraternizando sozinhos todos juntos, confraternizando sozinhos na chuva.