quinta-feira, 5 de março de 2009

A Jaula (versão intimista)

Por Ricardo Casmurro

A ponta do dedo dele
Toca de leve a ponta da chave metálica
E fria
Aquece-a o mínimo
Mas não pode mais que isso, ao menos
Libertar-se
Barras de ferro gélidas da jaula
Sente enquanto estica o braço demasiado
Demasiado Curto
Apenas afogado na ecuridão
Asficiado pela agonia, Sufocado pela tensão
Torturado pela solidão
Enjaulado pela aflição
Agonizando...
Sem Parar...!

REFRÃO
Está cansando de toda essa solidão
Entra sozinho na sala escura e vazia
Ele sente todo o peso da envolvente escuridão
Não importava mais o que pensava ou fazia
A chave de sua jaula está logo ali...
Logo ali tão longe...!

Ele quer achar um lugar
One possa se encontrar e libertar
Em vão
Não importa até onde vá
Esse pesar, essa dor, essa angústia estará
Sempre lá
Se ao menos pudesse tentar
Mas ele está preso naquele lugar
A jaula
Nenhuma posição é confortável
Todo seu redor é frio, cortante, tenaz
Voraz
Está faminto, nervoso
Mas há como se livrar daquele gosto
De desespero
Gostaria de gritar ao mundo
Dizer, berrar, esguelar-se por ajuda
Mas é mudo
Gostaria de ver o que há fora
Gostaria de poder fingir que nada perdeu
Mas seus olhos ainda se acostumam à escuridão profunda...

REFRÃO

O terror persegue,
Seus pesadelos acontecem,
A luz desaparece
O simples respirar fere
Não tm o direito de sonhar
Precisa de algo maior a que se agarrar
Precisa sair do mundo, se anestesiar
Mas dele se esconde a esperança
Mas dele foje a calma, a paciência
Só resta aceitar e se afogar
Na jaula

REFRÃO

Sobre: Imagine-se nessa situação.. como se sentiria? imagine a angústia desta cena.. ela não é uma história, nem uma metáfora.. é só uma imagem para transmitir uma sensação... conegue sentí-la? Para os momentos em que a impotência te faz agonizar.

Um comentário:

Jacky disse...

Nossa é bem forte!
Acredito que muitas pessoas em algum momento e por algum motivo ja se sentiram assim. só basta lêr uma vez para imaginar de olhos abertos cada situação, Pelo menos foi o que eu senti, eu possuo uma facilidade de me pôr nas situações, talvez outras pessoas possam não sentir.
É um mergulho no infinito de nós mesmos.