quinta-feira, 5 de março de 2009

Saída Trancada (Patético)

Por Ricardo Casmurro

Uma disputa desigual
Todas as condições dadas
Você maltratado feito animal
Com as dores todas alimentadas

Ande pelos corredores como um cãozinho em busca de um dono
Patético
Você é patético
Correndo desesperado atrás da sua única saída
Trancada...
Ela está trancada!

Todo apreço do mundo nunca será o suficiente
Se não é isso que o mundo quer
Mas também não importa o que você precisa
Corra sozinho atrás de sua salvação
Atrás da vitória efêmera, ante-sala da derrota
Irmão, ninguém liga de fato pro quê você sente
Tente, rapaz, tente, menina, o quanto quiser
Tente o quanto quiser por que a busca pela felicidade sempre será em vão

Todo amor do muno
Quem não queria ter?
Se sentir amado, desejado
Sentir-se querido, sentir prazes
No simples fato de viver
Amar e ser Amada
Desejar e ser desejada
QAuem não queria ter?
Pena que se tiver é fulgaz, efêmero e sempre vai morrer...!

Sinta seus desejos, seus sonhos
Suas parcas e incompletas conquistas
Simplesmente escorrendo por entre seus dedos
Descendo, corroendo e abrindo todas as suas feridas
Corra atrás de mais angústia
Patético
Deprimio, corroído, vazio
Patético
Correndo atrás do prejuízo
Patético
Sob o jugo eterno da lamúria
"Tristeza não tem fim
Felicidade sim"
Bem vindo ao esforço inútil
Tente manter a estabilidade
Buscar resgatar aquilo que já morreu
Buscar manter acesa a chama duma vela que te aqueça
Patético
Abandona quem te e tu deseja
Angústia infantil
Essa passionalidade pueril vai consumir
E vencer você
Te jogar ao limbo do esquecimento do teu quarto escuro
Enquanto todos ao seu redor ruim n'outros cômodos
Sente essa dor e abraça esse abandono
Cachorrinho sem dono
Patético,
Simplesmente patético...

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