segunda-feira, 2 de maio de 2011

Prefiro a Certeza

Por Raguinm & Ricardo Casmurro

Transtornado permaneço constatando
A maior prisão é a vida

Cavalo selvagem, tornado
Mundo vil, caminho descontrolado

Passos e passos
Cada um, um dado
Rolado
Destinados
Ao aleatório resultado

Sim, sim, eu entendo que a insegurança é fundamentalmente medo. Mas como não ter medo? Enquanto o caminho de concreto nos salvaguarda da selvageria de ser comido vivo, ele mesmo a joga para dentro de si: a batalha pela sobrevivência,
A maldita exigência
O lugar a conquistar
Ninguém se importar
Onde se esconder?

Se amarram nas próprias liberdades
(As de fazer o que bem entendem a cada momento)
E nelas se prendem, aleatoriedades
Se deixando guiar pelo deixar ser (deixai fazer, deixai passar), na verdade perde a liberdade que se quer ter - não toma a vida nas próprias mãos; se lhe dá vida própria à própria vida ese a transforma num fluxo irressitível que não tem outro caminho senão a derrota.

Por que ninguém se importa.

Mas mais do que se deixar dominar
É perder
Tanto...
É se ver levado para longe dequem se gosta
Sem saber que também o é de quem poderia gostar
É ser dominado pela falta de resposta
Enqaunto cada movimento é composto de questão e resposta, uma eterna dinâmica (termo-dinâmica?) que nos faz fazer, pensar, falar; e que no engano tolo de não responder (ou não perguntar?) se responde (e se pergunta) sem pensar...
É de pensar que queres te libertar?

Prefiro a certeza
Guiar a vida com minhas próprias mãos
Mesmo que não seja
Possível saber na verdade que coisas virão
Mas não quero mentira
Quero ter o poder de me dizer sim ou não.

Claro que não é qualquer certeza; por que a certeza maldita da pré-destinação hereditária (carcerária?) nada mais é que uma jaula - e, na verdade, é como a incerteza, em que não se busca repostas (ou perguntas?) já que num as engulo prontas e noutro as engulo sem saber.

Transtornado permaneço constatando
Que todos o tempo todo perdem tanto
Se libertam na irracionalidade qye escraviza
A maior prisão, é a vida.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Saber of Fire

Por Raguinm

Lies of Barbarianship dies in a new world rise
After generations of iron weight and endless wait
Broken foir the pleasure 'n wealth of dark kings
From the the desert, it rose up the new freedom sun

PONTE
[They may come with their lies 'n blood
They may fire their guns upon us
We won't leave the square, ain't going nowhere
We won't leave there, we won't get back

'Cos we are the heralds of our will
'Cos we are the soldiers of our will]

REFRÃO
Together we stand, our wars are your lies
Our lives will change, by the strengh of who we are
Our force rise again, We are the pride of the Arab
Brother, sister, elder, young and friends from outside
Saber of Fire!

New Boundaries created, virtual new combats
A new place in history, death n' hungry won't last
A blade for freedom, cut off the chains of past
Lords from here and of the world, You'll have no rest!

PONTE

REFRÃO

Fall!
Muamar Kadafi
Fall!
Hosni Mubarak
Fall!
Zine el-Abidine Bem
Fall!
Mohammed VI
Fall!
Abdullah II
Fall!
Ali Abdullah Saleh
Fall!
Abdullah bin Abdel Aziz
Fall!
Nuri Al Maliki
Fall!
Najib Mikati
Fall!
Bashar al-Assad
Fall!
Abdelaziz Bouteflika
Fall!
Mohamed Ould Abdel Aziz
Fall!
You All Fall!
Under Our
Saber of Fire!

Sobre: Em Apoio à Revolução Árabe!

sábado, 30 de outubro de 2010

In My Time of Drowning

Por Raguinm e Ricardo Casmurro

I'm shaking my patience
Asking it for some peace
Time's already put an fence
A wall I can't realease

I've made bad mistakes in my life
N' bad choices have taken my time
Followed a programmed path,
Trapped myself inside other's web

Left mu dreams for other's expectations
Slept in their numbness and crawlled in their misery
Now I can't see any directions
How can I walk out a jail that was made by me?

Time doesn't come back
I should have made my own track
Now the way's blocked
N' I'm full of their speach n' knocking it

In nMy time of Drowning...!

I wanna release...!
From fake truth-tellers talk
From parents, preachers n' boss
From obligations to careless
From determined answers
From lifetime lonelyness

I'm Shaking my patience
Asking it from some peace
Time's already put an fence
A wall I can't release

In my time of Drowning...!

Sobre: A gente vai vivendo como pode a vida, levando em conta as decisões de outros, as verdades que nos são ditas, os caminhos preformados por padrões sociais que nos determinam, as crenças que nos são postas como verdades absolutas, ideologias tortas sobre como o mundo funciona... Depois de algum tempo, percebemos o quanto que na verdade, poucas das coisas que consideramos necessárias e obrigatórias, na verdade não eram, e que abandonamos nossos sonhos e nossas expectativas em prol de seguir uma tradição estúpida, mas da qual, agora, não temos como escapar, por que já estamos demasiadamente envolvidos na teia de obrigações e necessidades criadas por esses próprios caminhos. Então você se vê perdido e preso em algo que te angustia, que te incomoda, que te deixa sem opções e que te faz perceber que o você fez foi rastejar na miséria dos outros, dormir no entorpecimento deles. As expectativas de outros te empurram num caminho que você se convence de que é obrigado a seguir, até que você percebe que não era, que poderia ter sido diferente, mas agora só lhe resta a frustração e pedir à paciênica por um pouco de paz e o desejo de se libertar do papo de falsos faladores de verdades, dos pais, clérigos e chefe, das orbigações aos que não se importam, das respostas determinadas e, finalmente, da solidão eterna.

Depoimento

Por Raguinm

Eu to puto, meu irmão

Tenho vontade até de gritar
Muito puto, tem jeito não
Ninguém vai conseguir me acalmar

Tive que escolher o dia de faltar à faculdade
Tava sem dinheiro pra pagar a passagem
Não pude ligar pros amigos ao momento
Meu celular foi bloqueado por falta de pagamento
Não pude encontrar os amigos pra sair
Sem passagem, nem comida, não tinha como ir
Trabalhei pra caralho hoje no serviço
Levei esporro do chefe e nem vou ganhar por isso

É meu amigo, eu sei
Porra, irmão, eu tô fodido!

E eu to muito puto com isso!

O cartão estourou, meu celular deu problema
O ônibus, como sempre, lotou, não há quem não entenda
Peguei trânsito na volta, tô com um pé no SPC
Meu celular não pega em casa, não consigo falar com você
preciso conversar e por isso esse depoimento
Meu amigo, se continuar, certamente eu não aguento

Preciso te dizer que eu to fodido
E que eu tô muito puto com isso!

E é, parceiro, eu sei que você entende
A tua situação tá parecida, não é?
A tua, a minha e, bem, a de muita gente
Isso até é comum, mas normal não é!
Tem gente aí com carro e ar-condicionado
Gente sem fila de vanco, com relógio caro
Gente sem patrão, que viaja e com celular fodão
E, ah, filho da puta, um desses é meu patrão!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Our Own Good Way

Por Raguinm

I'm not here for your games, sweetie
I don't wanna ask for mercy or pittie
I'm a men who's sure of what he wants
But not so glad at all of the way it runs

Keep on hidding,
Reckfull and lieing
And then you just push me away
Give a clue
Try to be cool
For me it's just the childish way

Do you fuckin' want it or not?
Say it, now, fuck, for once
Be sure of yourself, stop
Come on, make your choice be done

Don't give luck to bad luck
Don't avoid fuck n' you want fuck
All right, I'm not here to treat you bad
So just stop playing and don't look back

Stop on hidding
Reckfull and lieing
'Cos then youjust push me away
Fuck the Clue
Don't you be cool
Let's make things our own good way

Sobre: De saco cheio da moralidade atrapalhando a vida das pessoas e a minha também. Danem-se os joguinhos de sedução, os limites de entrada, as mentiras, as dissimulações.. isso só faz perder oportunidades, atrasar as que se mantém, dificultar quando quer, gerar mau entendido quando não quer... párem com isso, porra. Besteira, medo, insegurança, criancisse. Por que gente grande continua fazendo essas coisas? desnecessário. Ponto.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Raquel (Zimbábue) (Mais Uma Carta)

Por Ricardo Casmurro

Sempre a vejo em câmera lenta
Como se o vento balançasse os cabelos e a fizesse rodar
Algo como saído de uma ciaxa de música
Eternamente sorrindo como nos dias de viagem

Fique mais um pouco
Pegue o ônibus de mais tarde
Me mande mais uma estrofe
Me mande mais um carinho

As letras escritas à mão
Chegando de surpresa como um presente
Me lembram do açúcar grosso de manhã
E das lágrimas de felicidade sorridentes

Fique mais um pouco
Me deixe te ouvir cantar
Me mande mais uma carta
Me indique de novo o caminho

Tentei fugir, eu sei
Temendo o dia em que
As cartas não mais chegariam
Em que as estrofes acabariam
Em que os sorrisos fugiriam
Mas restaria a memória do quarto do irmão
A luz do dia pela janela aberta
Tocando nossas peles nuas...
E em que esta memória
Não seria mais glória
Mas um caco do óculos azul
Que corta quando toca
Mas que não quero jogar fora

E esse dia chegou

Me deixe te ouvir cantar
Volte a me fazer acreditar
Me procure enquanto temo de novo
Sorria pra mim de novo

O vento levou nosso zimbábue embora
Mas eu ainda o guardo junto das fotos e das cartas

Estarei sempre esperando mais uma carta
Estarei sempre esperando mais um verso
Estarei sempre esperando mais uma ligação
Estarei sempre esperando mais um sorriso
E sempre esperando
Sabendo que não vem
Mais uma visita
E mais um beijo
De batom vermelho
Marcado no papel
Naqueles envelopes coloridos

Em meus sonhos estará sempre sorrindo

Fique mais um pouco
Volte a me fazer acreditar...

Eu zimbábue você
Muito

Sobre: Me dei ao direito de falar do meu amor. Este é o segundo.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Neire (Flor da Cajuína) (Uma Noite Fria de Junho)

Por Ricardo Casmurro

Calor, Barracas, Começo
Cruzamento de avenidas distantes
O mundo reunido e dois são o foco
Uma história no porvir

Longe desse amargo berço,
Palavras adocicam os olhos
Como o ouvido de revelações
Intimidade, conforto, acolhimento

Simpatia, comunhão
Atrasada pelas léguas turvas
A alma acha o caminho
Imagens estáticas põem o coração em movimento
Marcam a alma
Que pode haver mais perto da perfeição?
Ainda não achei

A Flor da Cajuína contém minha alma
Esguia, doce, lisa, amorenada, apimentada
E todos sabem como gosto de doce!
Depósito dos sonhos, musa
Ouvinte da brutalidade que me encanta
Carrega as sementes da primavera do mundo
E as da minha salvação

A Flor aprendeu um caminho novo
Aceitar o que por aí se esconde e reprime
Eu, por outro lado, nada guia
Um mero seguidor dos laços que me arrastavam
Para dentro da flor de encanto

Um laço feito de aço
Que carrego e continuarei carregando
Mesmo que ele arda como brasa
Ao lembrar do que perdi

Não mais continuarei sonhando
Mas guardarei a memória dos sonhos
Mesmo que transborde dos olhos
O amor de que lhes enchi

Me escapou das mãos a flor
Me escapou da vida a ternura
Desabo, desabo, mais um vez
Como quando a tentaram prender

Estarei sempre com as pontas dos dedos sobre sua pele
Como numa noite antiga
Estarei sempre cobrindo-a contra o frio
Mesmo que seja a última coisa do último dia

Estarei sempre lembrando do sotaque, da voz,
Que ecoa como música
Os olhos de vidro, o cabelo desarrumado
O Encanto mais arrebatador

Quis que o sonho real durasse para sempre
Mas o para sempre não existe
Nem a viagem, nem a moradia
Embora a carta vá estar sempre lá

Se existem algos que valem a pena
Dos que mais valem, certamente, é a Flor
Muito embora, como no início,
O mundo esteja ao redor
Mas só dois importa
Na noite em que levou, o vento,
A flor que me colheu
Depositária dos sonhos, musa
Leva-os e à ternura
Do amor teu
Numa noite fria de junho
Numa triste noite fria de junho

Sobre: Me dei ao direito de falar do meu amor. Esse é o primeiro poema. Embora não esteja muito bom, é meu choro em palavras.