Por Raguinm & Ricardo Casmurro
Transtornado permaneço constatando
A maior prisão é a vida
Cavalo selvagem, tornado
Mundo vil, caminho descontrolado
Passos e passos
Cada um, um dado
Rolado
Destinados
Ao aleatório resultado
Sim, sim, eu entendo que a insegurança é fundamentalmente medo. Mas como não ter medo? Enquanto o caminho de concreto nos salvaguarda da selvageria de ser comido vivo, ele mesmo a joga para dentro de si: a batalha pela sobrevivência,
A maldita exigência
O lugar a conquistar
Ninguém se importar
Onde se esconder?
Se amarram nas próprias liberdades
(As de fazer o que bem entendem a cada momento)
E nelas se prendem, aleatoriedades
Se deixando guiar pelo deixar ser (deixai fazer, deixai passar), na verdade perde a liberdade que se quer ter - não toma a vida nas próprias mãos; se lhe dá vida própria à própria vida ese a transforma num fluxo irressitível que não tem outro caminho senão a derrota.
Por que ninguém se importa.
Mas mais do que se deixar dominar
É perder
Tanto...
É se ver levado para longe dequem se gosta
Sem saber que também o é de quem poderia gostar
É ser dominado pela falta de resposta
Enqaunto cada movimento é composto de questão e resposta, uma eterna dinâmica (termo-dinâmica?) que nos faz fazer, pensar, falar; e que no engano tolo de não responder (ou não perguntar?) se responde (e se pergunta) sem pensar...
É de pensar que queres te libertar?
Prefiro a certeza
Guiar a vida com minhas próprias mãos
Mesmo que não seja
Possível saber na verdade que coisas virão
Mas não quero mentira
Quero ter o poder de me dizer sim ou não.
Claro que não é qualquer certeza; por que a certeza maldita da pré-destinação hereditária (carcerária?) nada mais é que uma jaula - e, na verdade, é como a incerteza, em que não se busca repostas (ou perguntas?) já que num as engulo prontas e noutro as engulo sem saber.
Transtornado permaneço constatando
Que todos o tempo todo perdem tanto
Se libertam na irracionalidade qye escraviza
A maior prisão, é a vida.
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