Por Ricardo Casmurro
Ela passou a noite em claro
Agonizou devagar pela casa
Sentiu-se o ante-abate gado
Segurou-se no que a abala
É pálida a face da angústia
De que valeu tudo é a dúvida
Há motivo par4a temer o destino
"Nada sei, é o que digo"
REFRÃO
Uma noite de escuridão clara
A foice, o furacão pára
E o vinho a tudo cala
Na sua noite secreta
Memórias encardidas
Sonhos de vidas não vividas
Ela era fria e mofada
Sua alma, vidro que quebrava
Sua felicidade é uma mentira
Rezar não mais lhe conforta
A fonte da vida secou
Só a amargura restou
Ela ainda é uma criança
E essa criança chora
Sob o olhar da velha que ela será
Na noite de agora
REFRÃO
Vai, que essa noite é tua!
Amanhã ninguém vai saber de nada!
REFRÃO
Sobre: O comum é vivermos a vida de maneira irrefletida, seguindo o que nos impulsionam as necessidades, as obrigações, as expectativas... mas em última isntância essa é uma vida sem sentido, e todos sabem. viver em função de um presente urgente nos tira de perspectiva nossa eistência como seres humanos complexos, que têm potencialidades, desejos.. e nos faz entranhar em uma teia irresistível de relações e obrigações com as quais podemos não nos identificar... E mentimos para nós mesmos o tempo todo dizemos que somos felizes, escondendo dos olhos a luz do sol da angústia que nos enfrenta quando pensamos "o que estou fazendo da minha vida?".
quinta-feira, 20 de novembro de 2014
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